Primeiro grupo de ativismo homossexual do Distrito Federal, oriundo do beijaço de 27 de Abril de 1979 no Bar Beirute, em protesto a repressão sofrida por um casal
gay que, após se beijar no bar, foi expulsoi do local. Liderado pelo ator, dramaturgo e jornalista Alexandre Ribondi, o grupo foi pioneiro, a nível nacional, na luta pela
liberdade afetiva e sexual, em contexto de ditadura militar. Romário Schettino e Ribondi escreveram uma carta ao Papa, pedindo respeito aos relacionamentos
homoafetivos. O grupo produziu o jornal “Manga Negra” e o bloco carnavalesco “Bunda do Delírio”, assim como espetáculos de teatro e performances.
Referências:
FONSECA, Fernando Oliveira (org.). Beirute: o bar que inventamos. pp. 298 – 302.
Brasúlia: Editora, 2010.
PLATINI, Michel. Alexandre Ribondi, um líder LGBT revolucionário e essencial de seu tempo. Congresso em foco. Disponível em: https://www.congressoemfoco.com.br/coluna/19527/alexandre-ribondi-um-lider-lgbt-r
evolucionario-e-essencial-de-seu-tempo . Acesso: Fevereiro, 2025.
O Grupo Estruturação se define como um coletivo LGBT+ que se dedica à promoção da igualdade e ao respeito à diversidade sexual e de minorias, desde sua fundação, em 1994. Segundo o site do coletivo, sua criação teve como propósito enfrentar a epidemia de HIV/AIDS no Brasil. Porém, em relatos de pessoas que partociparam do Estruturação, o grupo foi responsável pela organização de eventos ligados à cultura, como mostras de filmes, assim como organizava encontros para troca de experiências e acolhimento emocinal diante da LGBTfobia.
Site: https://estruturacao.org/
Instagram: @grupoestruturacao
Referências:
Entrevista de Jaqueline Gomes de Jesus, concedida a Bruna Penha, em 28 de março de 2025, em Brasília/DF.
Entrevista de Vera Lúcia Vieira Gangorra, concedida a Bruna Penha, em 07 de março de 2025, em Brasília/DF.
O Grupo Vidda do DF foi um grupo de prevenção às DST/AIDS e de defesa dos direitos das pessoas convivendo com HIV/AIDS, com sua provável duração entre os anos de 1998 e 2008. Foi esse grupo, presidido por Marcos Vinicius Pereira da Silva, que organizou a primeira parada do orgulho LGBT do Distrito Federal, no ano de 1998, à época chamada de Parada Gay.
Referências:
SUCURSAL DE BRASÍLIA. Brasília Terá ainda ato gay. Jornal Folha de São Paulo, São Paulo, 27 de junho de 1998. Disponível em:
https://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil/fc27069815.htm
CNPJ. Gruppo Vidda. Disponível em: https://cnpj.org.br/empresa/03042367000166/grupo-de-prevencao-as-dst-aids-do-distrito-federal-grupo-vidda Acesso em 23/04/2025
A Coturno de Vênus, fundada em 2005, é uma associação lesbofeminista, antirracista, antiLGBTIfóbica e anticapacitista do Distrito Federal. A missão da Coturno de Vênus é promover os direitos humanos – sexuais, reprodutivos, ambientais, sociais, econômicos e culturais – para as lésbicas; enfrentar a discriminação por orientação afetivo- sexual, raça/etnia, gênero, corporalidade, posições político-sociais e/ou geracionais; incentivar a visibilidade e o protagonismo lesbiano.
Baseia suas ações e atividades através de 05 eixos principais de atuação:
1. Articulação, Formação e Incidência Política;
2. Proteção Integral, Cuidado e Segurança Coletivas;
3.Cultura e Memória Lésbica;
4.Visibilidade Lésbica e Direito à Cidade;
5. Sustentabilidade Econômica e Educação
Referências: Navarro, Melissa. Entrevista cedida, 2025
Rede social: https://www.instagram.com/coturnodevenus
Minidocumentário: https://flix.votelgbt.org/assistir/75ac245c-453b-11ef-9300-0a58a9feac02
Foi um coletivo formado por e para mulheres que se identificam como lésbicas ou bissexuais, com atividades descentralizadas no Distrito Federal. Pautada na luta pela liberdade de orientação, expressão afetiva-sexual e identidade de gênero, sendo regido pelos princípios: feminismo; visibilidade das mulheres lésbicas e bissexuais; diversidade; autonomia dos corpos e aumento da presença feminina em diversos espaços da sociedade (autodeterminação e empoderamento das mulheres).
Referência: Queiroz, Jandira. Entrevista cedida, 2025
Rede Social: https://sapatariadf.wordpress.com/about/
Primeira organização de travestis e mulheres trans do Distrito Federal, fundada por Sissy Kelly e Charlote da Mata. Em setembro de 2009 realiza seu primeiro encontro, com participação de diversos coletivos da sociedade civil, de representantes do poder público e núcleos vinculados à Universidade de Brasíli – UnB. Atuou na difusão de informações sobre e para mulheres trans e travestis, realizando um trabalho de articulação política para pautar o acesso desta população a seus direitos, bem como propor debates e diálogos com o poder público e a sociedade civil sobre as demandas desta parte da população. Realizou atividades junto à Secretaria de Assistência Social do DF, ao HUB – Hospital Universitário de Brasília e, coligada à ANTRA (Associação Nacional de Travestis e Transexuais), junto ao Ministério da Saúde, dentre outros organismos públicos, colaborando com os debates que fomentaram propostas de políticas públicas voltadas para a população LGBT.
Referências:
Conheça a ANAV Trans – DF. ANAV Trans – DF.. Disponível em: https://anavtrans.blogspot.com/p/quem-somos.html .Acesso em: 26 de abril de 2025. Entrevista com Ludmylla Santiago, cedida a Nina Ferreira e Lélia de Castro, em 2022
A Elos LGBT – DF foi uma Organização Não-Governamental que trabalhou em defesa dos Direitos e Cidadania de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (LGBT) e no Enfrentamento a Epidemia de HIV/Aids com foco na população LGBT.
A Casa Rosa LGBT DF é um espaço de convivência e acolhimento para a população LGBT em situação de vulnerabilidade, localizada em Sobradinho, DF. A associação sem fins lucrativos oferece uma variedade de serviços incluindo palestras educativas e de saúde, distribuição de cestas básicas, cursos de capacitação e suporte psicológico e jurídico.As pessoas assistidas recebem acolhimento 24 horas, com alimentação, acomodações, kits de higiene pessoal e orientação em saúde e educação, de forma gratuita. Essa instituição segue em funcionamento.
Sites da organização:
https://www.facebook.com/casarosalgbtq
https://www.instagram.com/casarosadf
Coletivo voltado para a sociabilidade, o acolhimento e a promoção de debates entre bixas pretas em sua diversidade, criado a partir de uma roda de conversa entre estudantes negros gays, programação de uma Semana da Consciência Negra da Universidade de Brasília – à época realizada pelo coletivo Negras Vidas. Uma das motivações centrais para a fundação do coletivo foi o fato de que, muitas vezes, bixas negras – sujeitos/as ao racismo e a formas particulares de misoginia – têm suas experiências silenciadas e demandas negligenciadas, especialmente (mas não apenas) em espaços e relações entre gays cisgênero.
Em atividade até o presente momento (abril de 2025), o Afrobixas realiza encontros internos e atividades abertas, divulgadas em suas redes sociais.
Referências: IVO, Pedro. Narrativas afrobixas. Brasília: Editora Appris, 2020.
Links: https://www.instagram.com/afrobixas/ https://www.facebook.com/afrobixas/?locale=pt_BR
O Instituto de Cultura, Arte e Memória LGBT+ é uma organização da sociedade civil que defende, promove e difunde a cultura, o legado cultural, artístico e a memória da comunidade LGBT+. A entidade produz ações no campo da pesquisa, difusão cultural, preservação de bens culturais e cuidado comunitário, tendo recebido apoio de instituições como Itaú e Fundo Brasil de Direitos Humanos. Possui um acervo físico com mais de 1500 ítens de literatura, pesquisa e outras produções artisticas da e sobre a comunidade LGBT+, a fim de garantir que a mesma acesse sua memória, e de promover conhecimento e intercâmbio entre toda a sociedade com legado cultural LGBT+.
Com o propósito de reconhecer e difundir o trabalho de pessoas escritoras e quadrinistas LGBTI+ do Distrito Federal e Entorno, formou-se a partir do I Encontro de Escritor@s da Literatura LGBT de Brasília. No ano seguinte houve um lançamento oficial do coletivo, no Território Criativo, ao lado da Biblioteca Nacional de Brasília. Ativo até a presente data (maio de 2025), o coletivo promove encontros internos e abertos, como rodas de conversa com autores do DF, saraus e feiras, comercializando livros e impressos de participantes. Também participam da programação de eventos como as Paradas LGBTI+/ do Orgulho, tanto do Plano Piloto quanto de Taguatinga. Atualmente, a entrada de novas/os/es participantes se dá via votação interna e quem quiser participar precisa ser do Distrito Federal ou Entorno e se candidatar por meio de um formulário disponibilizado no blog do CELGBT DF.
Referências: Quem Somos. Coletivo de Escritores LGBT+ do DF e Entorno. Disponível em: https://celgbtdf.wordpress.com/?fbclid=PAZXh0bgNhZW0CMTEAAad8jD_tEyQN76jedB-XsPygWkdgC_HGbOcWgdV3ZEYJmHJxoY5OhGsCKqXwiQ_aem_ZVoyeyvI9ghVDL3_bAnNnA
.Acesso em: 28 de abril de 2025.
Links: https://www.instagram.com/celgbtdf/ https://celgbtdf.wordpress.com/?fbclid=PAZXh0bgNhZW0CMTEAAad8jD_tEyQN76jedB-XsPygWkdgC_HGbOcWgdV3ZEYJmHJxoY5OhGsCKqXwiQ_aem_ZVoyeyvI9ghVDL3_bAnNnA
A União Libertária de Pessoas Trans e Travestis é uma associação sem fins lucrativos que busca desenvolver conteúdo informativo e prestar assistência à população LGBTI em especial para pessoas trans e travestis. Juntamente com outras associações voltadas aos direitos das pessoas Trans e Travestis, participou da campanha de despatologização das identidades trans com o slogan “trans não é doença”.
Site da organização:
https://www.facebook.com/ultrabr.trans/about?locale=pt_BR
Referências:
ULTRA; IBRAT; ANAVtrans; ANTRA; AOB-DF. Trans não é doença. 13 de setembro de 2017. Disponível em: https://transnaoedoenca.tumblr.com/ Acesso em 23/03/2025
Associação civil sem cunho partidário ou religioso, define-se como um espaço de auto-organização e auto-formação de artistas, que visa produzir e difundir a cultura LGBTI a partir da arte transformista, na perspectiva de enxergar a cultura enquanto ação política, participando de maneira ativa da cena cultural do Distrito Federal e do Brasil. Desde sua fundação, produz o Bloco das Montadas, uma das maiores festas de Carnaval no DF. É responsável pelo Prêmio Jorge Lafon, que reconhece ações políticas e culturais, instituições e personalidades importantes para a causa e cultura LGBT+. Além disso, já ofereceu diversos cursos gratuitos de formação, profissionalização e montação.
A TRAFEM – Associação TRAfeminista é uma organização de travestis e pessoas trans do Distrito Federal, que questiona a lógica binária e universalista do feminismo, com proposta combativa contra o CIStema.
O prefixo “TRA” atrelado à palavra feminismo tem o objetivo de visibilizar a contribuição das travestis, além de fazer alusão, pelo som das batidas dos leques.
Instagram: https://www.instagram.com/trafem
A Rede Distrital Trans é uma associação civil de direito privado, sem fins lucrativos, fundada em 26 de março de 2019. Sua criação tem como objetivo central promover o desenvolvimento social, a cidadania plena e a defesa dos direitos da comunidade de pessoas trans no Distrito Federal e entorno.
A entidade atua por meio de ações sociais, políticas, culturais e de advocacy, combatendo todas as formas de discriminação baseadas na identidade de gênero e/ou orientação sexual. A Rede também promove campanhas de conscientização, acolhimento, prevenção de ISTs, HIV/AIDS e redução de danos, além de atuar em áreas como qualificação profissional, inserção no mercado de trabalho e enfrentamento à LGBTIfobia, com ênfase na transfobia.
A organização pauta-se pelos princípios de igualdade, inclusão, autonomia e respeito à diversidade, promovendo diálogo com órgãos públicos e privados e desenvolvendo projetos que visam atender pessoas trans de todas as idades. Sua estrutura organizacional é composta por Assembleia Geral, Diretoria e Conselho Fiscal, com participação aberta a pessoas que residem ou atuam profissionalmente na região.
Referências:
Vasconcellos, Nathália, 2025
Instagram: https://www.instagram.com/rededistritaltrans/
Organização voltada para ações e eventos relativos à memória e à cultura LGBTI+, fundada por Nina Ferreira e Lélia de Castro. Em 2024 idealizaram o presente site, construído em 2025 com o apoio financeiro do Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal, FAC, a partir do qual se desdobra uma série de atividades vinculadas à memória e à história dos movimentos e da cultura LGBTI+ do DF. Dentre as atividades realizadas pela organização até o presente momento (maio de 2025), estão o Festival de Memória LGBT+ (2024), idealizado pelo Instituto LGBT; o sarau Mirada Cultural (2024) e a atividade formativa Sensibilização para o Atendimento às Pessoas LGBTI+ (2023), a convite da gestão do Cine Brasília. Além disso, desde sua fundação a Mirada integra a coalização Ação Lésbica Feminista do DFE, atuando na produção, coordenação e captação de fundos para a realização de suas atividades, em especial àquelas vinculadas às ações do Mês da Visibilidade Lésbica e Sapatão.
Links: DO PRÓPRIO SITE, QUEM SOMOS NÓS. + https://www.instagram.com/mirada.coletiva/
Articulada à Coordenação Nacional do Instituto Brasileiro de Transmasculinidades – Ibrat, Organização da Sociedade Civil de abrangência nacional. Tem como objetivo realizar atividades diversas que respondam às demandas da população transmasculina do Distrito Federal.